7 de fevereiro de 2010

V. Guimarães-P. Ferreira, 1-2

Ponto prévio: Paulo Sérgio conhece muito bem os jogadores do P. Ferreira, mas não soube retirar dividendos da estratégia mais saborosa. Se apagou as pedras-chave e quebrou o velho conhecido durante grande parte do encontro, Ulisses Morais levou a melhor, por um tangente 2-1.

O V. Guimarães apostou tudo na vitória frente ao P. Ferreira e andou sempre mais próximo do golo. Equipa mais pressionada e a precisar de ganhar para manter viva a corrida ao espaço europeu, a formação vitoriana realizou uma exibição dinâmica, mas desperdiçou a oportunidade de avançar na recuperação em função do defensivo e calculista futebol pacense, que haveria de sentenciar a partida na 2.ª parte.

Para além de um princípio de jogo mais cativante, da acutilância de Fábio Felício, da não conseguida reacção amarela, o Vitória de Paulo Sérgio visou com mais tentação a baliza de Coelho, entre o controlo do ritmo da partida e o jorro de futebol muito ofensivo no relvado do Estádio D. Afonso Henriques. Às vezes emotivo.

Desligado da estatística no seu ambiente - sem festejar um triunfo sobre os pacenses desde 93/94 -, o V. Guimarães continuou a atacar com base nos princípios de um colectivo em rotação alta liderado pelo soberbo Nuno Assis. O jogador das ideias abundantes. O resto fez-se com uma linha mais forte que procurou resolver os problemas e contrariar a história, justificando a vantagem a partir do momento que Valdomiro subiu à área para concretizar um canto apontado por Fábio Felício na banda direita. O camisola 5 saltou mais alto que Ozéia e colocou a bola no fundo da baliza (1-0).

Tirando Tiago Targino - uma importante baixa na equipa - Marquinho surgiu com via verde para acelerar, apesar de algumas dificuldades de ligação nas transições e saídas para o ataque no flanco esquerdo. O 4x4x2 parecia imperfeito. Mas ficava quase tudo para o Vitória neste período. A chama de Fábio Felício ajudava, agora, a balançar a pressão nos últimos metros do relvado. Sem correspondência.

Convidado a entrar no jogo, o P. Ferreira dispôs de um livre em zona frontal e Ozéia ensaiou um potente remate em arco, restabelecendo a igualdade (1-1). Parecia que o encontro estava relançado, até porque o perigo vitoriano esbarrava no poste da baliza de Coelho. Custódio (35m) e João (50m) Alves ficaram perto do golo. Mas o empate persistia. Salvava-se o fogo da atitude.

O P. Ferreira foi, pouco depois, convidado a finalizar uma jogada na área. Manuel José rematou para uma defesa apertada de Nilson e Maykon não perdoou na recarga (1-2), sentenciando o encontro.

O V. Guimarães ainda tinha Assis, Roberto e Valdomiro para relançar o «assalto» ao empate nos poucos minutos que faltavam. Muito a tempo de perceber o alcance da derrota. Já não havia nada a fazer, Paulo Sérgio.

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